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Como funciona a securitização e para que ela serve?
Postado em 13/05/2024
Merito
No mercado financeiro, principalmente quando tratamos de pequenas e grandes empresas, a captação de recursos externos é a principal estratégia para a manutenção e a expansão dos negócios.
Nesse cenário, existem diversas formas de conseguir tal auxílio. Entre elas, está a securitização, uma prática utilizada no mercado de capitais para transformar algum tipo de dívida em um título que pode ser negociado entre investidores.
A seguir, vamos explicar detalhadamente o que de fato é a securitização e como ela funciona na prática.
O que é securitização?
Assim como os empréstimos bancários e os financiamentos, a securitização tem como principal objetivo fornecer capital de forma antecipada para que, por exemplo, empresas do setor mobiliário possam viabilizar seus projetos mais rapidamente.
Funciona assim: se uma empresa tem 10 dívidas para receber daqui a 3 meses, ela pode transformá-las em um único título para negociar com os investidores. O valor do título será menor do que o das dívidas, porém, chegará mais rápido nas mãos da empresa.
Em resumo, essa tática é muito indicada para empresas que precisam de capital o mais rápido possível. Além disso, para os investidores, a securitização é uma forma de trabalhar sua rentabilidade, já que eles pagam um valor menor do que as dívidas realmente valem e recebem juros mais altos.
Como funciona a securitização?
Na prática, a securitização é dividida em três pontos focais: o cedente, a securitizadora e o investidor. Cada um deles é essencial para que a estratégia possa ser realizada de maneira segura e correta.
Neste caso, o cedente é o credor, ou seja, a empresa que está esperando os pagamentos das dívidas, como duplicatas, parcelamentos, aluguéis, empréstimos e muitos outros.
O cedente pode ser uma empresa de qualquer tipo de segmento, de indústrias e comércios a áreas como construção, agricultura e prestação de serviços.
A securitizadora é a instituição que transformará as dívidas em títulos negociáveis.
Ela será a ponte que liga o cedente ao investidor responsável por comprar as dívidas, que agora são títulos.
Apesar de ser uma operação de risco para investidores, fazer parte de uma securitização pode ser uma ótima opção para acionistas que buscam movimentar seus rendimentos, já que os juros desse negócio são muito interessantes pelos riscos que os acompanham.
Vantagens da securitização
Assim como qualquer outra prática financeira, a securitização se torna uma opção viável para empresas e investidores a partir do momento em que ela oferece vantagens reais para ambos os lados.
A seguir, vamos falar um pouco sobre algumas delas.
Mais rapidez na obtenção de recursos
Pensando em questões como o fluxo de caixa e o adiantamento de algum tipo de projeto, empresas que lidam com contas a receber acabam congelando seus processos na espera desse pagamento.
A securitização funciona como um agilizador nesse cenário, ao fazer com que esses recursos sejam obtidos com mais rapidez, por meio da negociação com investidores. É como se um fosse um financiamento, porém, sem precisar lidar com as burocracias bancárias.
Transferência de riscos
A partir do momento no qual o investidor decide comprar as dívidas que foram transformadas em títulos negociáveis, ele também ficará responsável pelos riscos que essa aquisição pode oferecer – no caso, o não pagamento de uma das dívidas.
Para a empresa, essa transferência funciona como uma redução dos problemas relacionados às dívidas. Já para o investidor, é um risco que, na maioria das vezes, vale a pena correr, pois os juros recebidos são bastante vantajosos.
Fonte de rentabilidade para investidores
Além de ser uma fonte extra de rentabilidade, a securitização se transforma em uma maneira de diversificar seus lucros e sua carteira, seja o investidor pessoa física ou jurídica.
Exemplos da operação de securitização
Existem diferentes securitizações, cada uma delas responsável por tipos de dívidas e operações diferentes. A seguir, vamos apresentar os 4 exemplos mais conhecidos dessa lista.
CRI: conhecido também como Certificado de Recebíveis Imobiliários, esse tipo de securitização é responsável por tratar das dívidas imobiliárias, como aluguéis ou prestações de imóveis.
CRA: seguindo a mesma linha do CRI, o CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio) representa as contas a receber de setores rurais, como produtores do agronegócio.
Debêntures: as debêntures e seus diversos tipos, como as simples e as permutáveis, são títulos mobiliários que representam a dívida de uma empresa.
FIDC: Além de ser um fundo de investimento, o FIDC é um veículo de securitização de recebíveis capaz de adiantar o pagamento das dívidas de empresas de qualquer setor.
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